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Com quem você pensa que está falando?

O que pode parecer uma pergunta ofensiva, quando proposto de uma forma não hostil é uma bela questão: com quem cada um de nós pensa que está falando? Não falamos com hierarquias abstratas, e sim com pessoas reais. Você não fala com o "chefe" e ele também não fala com o "funcionário". É mais do que isso. Por trás do cargo existe uma pessoa com as suas singularidades. É impossível ser “apenas” chefe, dono ou empregado. As relações têm, sim, um grau de formalidade quanto mais complexas elas sejam na rede social.


Por exemplo, o antigo primeiro ministro do Canadá, Pierre Trudeau (pai do atual), chamou atenção há anos atrás por usar tênis com terno e gravata...Quem vê o ministro assim pensa que ele expressa um sentido de uma presença mais acessível, informal, o que inova a presença dele no cargo.


Pessoas carismáticas têm muita facilidade para se sentir a si mesmo em cargos formais, percebendo-se evidências de naturalidade. Ao contrário, o uso da formalidade do cargo ou posição na família acontece quando o sujeito não se sente reconhecido na posição de autoridade: “Sou seu pai (chefe, patrão, presidente, marido): veja como fala comigo!”. Na outra ponta aparece o subordinado no papel de "fazer tudo” para o subordinador, sem respeitar a si mesmo.


O que se precisa buscar é a formação de uma relação marcada pela autenticidade entre ambos.

Não falamos com hierarquias e sim com pessoas

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