Sérgio Spritzer © 24 de maio de 2021.
Em neurologia a expressão “membro fantasma” é usada para denominar a experiência das pessoas que perdem um membro ou parte do corpo e continuam sentindo a sua presença, formigando, movendo-se, flexionando, tocando, como se estivesse mesmo ali. Mesmo sabedor que não está ali de fato esse membro, a experiência dele continua presente e pode estar associada a uma reação de dor no membro fantasma.
Uma dor, irreal, mas intensa. Uma das técnicas mais usadas para reabilitar a dor do membro fantasma é colocar um espelho de tal maneira que o sujeito se acostuma a olhar a “presença” (no espelho) do membro e isso ajuda sua imaginação a aceitar em planos subconscientes a existência dele, pois o sujeito percebe “fora de si” (forma da sua representação de unidade corporal) a existência “de verdade” desse membro. Esse exemplo coloca bem em evidência como a representação imaginária do corpo não é uma experiência intelectual nem racional. Ninguém explicando a perda vai fazer a mente do sujeito “elaborar” isso e negar a existência no imaginário não associado com o controle e comando verbal. Ele é ineficaz para dar conta disso. __________________________________________________ Quer ter acesso a este texto completo e muitos outros conteúdos em vídeos e textos? Conheça nosso área do assinante: clique aqui para saber como.
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