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Imaginar vem antes do pensar

Atualizado: 30 de out. de 2023

Sérgio Spritzer ©


Quando Descartes propõem a primazia do pensamento como meio de acesso à existência, com o dito: Penso logo Sou” (“Cogito Ergo Sun”, Descartes ,1637) não percebe que ele e todos nós precisamos imaginar para então pensar.

Já o filosofo grego Platão percebia sem se dar conta explicitamente que a realidade era uma ilusão dos sentidos e que a imaginação, é a fonte primária de ideias. Ele não traz uma noção de imaginário tal como compreendemos no mundo contemporâneo, mas, ao usar metáforas e analogias assim como a necessidade do diálogo para representar e examinar realidades, indica a existência do que será chamado mais tarde de “níveis lógicos” das ideias (B. Russel). Também ele não desenvolveu uma teoria da Imaginação Humana e dos seus modos de sua utilização, embora seja claro sobre a necessidade de uma mente para imaginar. Ora, a noção de mente é também uma construção Imaginária, como teremos oportunidade de examinar.

Sem a capacidade de imaginar, o pensamento estaria restrito, desprovido de criatividade e inovação. Se algo existe, portanto, não é primariamente porque é pensável e sim porque é perceptível em planos mentais como uma experiência. Sem a capacidade de imaginar, estaríamos limitados a repetir padrões antigos de pensamento e ação.

A imaginação é muitas vezes vista como o domínio dos criativos, dos artistas e dos sonhadores. Mas, na realidade, todos nós nos engajamos em formas de imaginação diariamente, seja planejando nosso futuro, resolvendo problemas ou apenas sonhando acordados.

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